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domingo, 4 de agosto de 2013

Caminha por um lugar bagunçado, cheio de árvores, palavras tristes que são capazes de machucar qualquer um e dentro de alguns lugares ainda é possível ver alguns sorrisos. Anda como se estivesse perdida, mas sabe exatamente onde está, porém ainda não se acostumou com a ideia de que amanhã as flores não serão nunca mais vistas.
Mas quem é ela para dizer quanto tempo às flores devem ficar? Porque as expulsar agora, que estavam tão perto da primavera? Porém, na mente dela a primavera já não existe mais, ela caminha em um eterno inverno, sem flores nem cores. Muitos dizem que é impossível viver em um frio constante, mas ela nega qualquer forma de negativismo, afirma que isso é tudo questão de se acostumar, diz que às vezes, até consegue ver o sol nascer atrás de grandes e escuras nuvens.
            A aqueles que digam que quando a noite cai, ela se esconde dentro de uma caverna úmida e fica sonhando com a primavera, a mesma onde via rosas nascer durante o dia e sentia o cheiro dos jasmins à noite. Em alguns momentos de recaída ela admite sentir falta das cores vivas, dos animais e do sol, diz que é impossível desistir de um sonho de um dia para outro, precisa de um tempo para poder se adaptar e achar um novo sonho para correr atrás, assim como os pássaros fazem procurando o sol de norte a sul. 

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