O primeiro olhar visto. A primeira pele tocada. O primeiro ar respirado. Após tantos e tantos anos, vejo-o aqui, sempre submerso em seu delírio, acreditando que um dia sua vida mudará. É fiel a qualquer sentido, inocente como um pássaro, corre para se salvar do gigante que vem nos afoitar.
Não sou eu quem decidirá seu futuro, crê ele, pobre jovem que não sabe onde está. Acredita que esta envolvido em um destino com apenas um mestre. E que mestre! Nunca o viu ou ouviu, mas sabe que ele está lá, apenas esperando o mundo acabar.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
quarta-feira, 6 de maio de 2015
O mundo parece tão parado.
Não se observa mais pessoas correndo, elas mal andam. Tudo é dominado pelos
carros e pela fumaça, que cobre nossos olhos da imensa realidade. Verdade essa,
que não queremos saber. Não porque não podemos, mas sim porque as grandes
cabeças do mundo nos fazem pensar que são chatas.
O capital cai como chuva
para todas as indústrias. Os filmes já não tem mais emoção, todos parecem tão
iguais, programados para rirmos ou nos assustarmos na hora certa. Não existe
mais aquela sensação de novo, tudo é muito igual, parado e chato, mas para os
nossos enganados olhos tudo é novidade.
Não temos mais controle
sobre nada. Impõe-nos que roupas vestiremos, como andaremos e até o que vamos
comer. Escolhem nossas crenças e nos fazem acreditar que tudo está perfeito, e
que um dia, não se sabe quando, estaremos salvos de tudo. E como uma boa
ditadura não podemos em nada questionar, não podemos ouvir, ver e muito menos
falar, apenas temos que abaixar a cabeça e continuar seguindo as ordens.
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